Estudos de ocupação
Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos UFMG

Teses defendidas

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Dados da tese
Número
44  
Aluno
Adilza Condessa Dode
Orientador
Mônica Maria Diniz Leão
Linha de Pesquisa
Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais
Título da defesa
Mortalidade por Neoplasias e a Telefonia Celular no Município de Belo Horizonte - Minas Gerais
Número de páginas
245
Data da defesa
26/03/2010
Banca Examinadora
Profa. Dra. Mônica Maria Diniz Leão (DESA/UFMG)
Profa. Dra. Waleska Teixeira Caiaffa (UFMG/Faculdade de Medicina)
Prof. Dr. Wilfrid Keller Schwabe (COLABORADOR/UFMG)
Prof. Dr. Álvaro Augusto Almeida de Salles (UFRGS/Deptº Eng. Elétrica)
Prof. Dr. Francisco de Assis Ferreira Tejo (UFCG/Deptº Eng. Elétrica)
Médico Dr. Dr. Guilherme Franco Netto (Ministério da Saúde)
Profa. Dra. Edna Afonso Reis (ICEX/UFMG)
Palavras-chave
Antenas, Efeitos Fisiológicos, Radiação não Ionizante
Resumo A poluição causada pelos campos eletromagnéticos (CEM), de radiofrequências ( RF) ori-unda do sistema de telecomunicações em geral, é um dos maiores problemas ambientais do século XXI. Alguns estudos científicos mostram forte evidência de riscos à saúde das co-munidades que residem nas proximidades das Estações Radiobase - ERB e dos usuários de telefones celulares.
Neste trabalho de pesquisa, através de uma abordagem epidemiológica do tipo ecoló-gica, foi realizada uma análise espacial descritiva das ERB, onde se localizam as antenas do sistema de telefonia celular, assim como dos óbitos por neoplasia identificados no Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, no período de 1996 a 2006, utilizando-se o georreferenciamento para ambas as variáveis em estudo. A base de dados utilizada no le-vantamento constituiu de três bancos, sendo o de óbitos por neoplasias documentados na Secretaria Municipal da Saúde, o banco das ERB documentados na ANATEL ( Agência Nacional de Telecomunicação) e os dados populacionais, censitários, demográficos e ambi-entais da cidade foram obtidos nos arquivos oficiais providos pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE, 2000) 19.
Os resultados indicam que, até dezembro de 2006, encontravam-se instaladas apro-ximadamente 856 ERB. Observou-se maior número de ERB na Regional Centro-Sul, totali-zando um percentual de 39,60%, seguidas das Regionais Oeste, Noroeste, Leste e Nordeste. Dentro de uma distância de até 500 metros das Antenas Transmissoras de Telefonia Celular, encontramos uma taxa de mortalidade maior que foi de 34,76 para 10.000 habitan-tes, para os residentes dentro deste raio, havendo uma declinação dessas taxas quando nos distanciávamos das Antenas. Em relação aos 7.191 óbitos por neoplasias, notificados entre 1996 e 2006, foi encontrada uma concentração maior na Regional Centro-Sul, da cidade, seguida das regionais citadas acima, sendo que 49,63 % dos casos notificados entre os re-sidentes estavam localizados dentro de um raio de até 100 metros das ERB, a taxa de mortalidade encontrada foi de 43,42 para 10.000 e o risco relativo de 1,35. A taxa maior de incidência acumulada de 5,83 por 1000 habitantes foi encontrada na regional Centro-Sul do município, e a menor taxa, de 2,05 por 1000, na região do Barreiro. Durante o monitora-mento, o maior valor mensurado do campo elétrico foi de 12,4 V/m, e a densidade de potên-cia foi de 40,78 ?W/cm². Ressaltamos que os menores valores encontrados nas medições foram, respectivamente, 0,4 V/m e 0,04 ?W/cm², em média. Os valores dos Campos Ele-tromagnéticos medidos estão de acordo com os padrões recomendados no Brasil pela Lei Federal nº. 11.934, de 5 de maio de 2009, que são os mesmos padrões sugeridos pela In-ternational Commission on Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP). Sugerimos que estes valores de exposição humana sejam revistos para níveis bem mais restritivos.
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